Ian Hill assume presidência da DeltaGen e programa futuro promissor para a empresa de melhoramento genético
O executivo inglês Ian David Hill assumiu no dia 13 de abril a presidência da DeltaGen, empresa responsável por um dos maiores programas de melhoramento genético do mundo. O novo presidente busca com sua nova gestão manter os elevados padrões técnicos, viabilizar a entrada de novas tecnologias e práticas, sem esquecer das bases que norteiam a associação.
Ian David Hill nasceu na Inglaterra, em uma região totalmente voltada ao setor rural. Fez curso técnico em Aprendizagem de Assuntos Rurais. Ingressou na Universidade e graduou-se em Administração e Economia Rural em 1973. No mesmo ano foi trabalhar em uma empresa de melhoramento de sementes. Durante seu treinamento, viu as oportunidades que a empresa oferecia no exterior e veio ao Brasil pela primeira vez em setembro de 1975, para acompanhar um projeto piloto em Passo Fundo (RS). Retornou à Inglaterra em fevereiro do ano seguinte, mas gostou tanto do país que estabeleceu como meta retornar e trabalhar no Brasil.
Conseguiu um emprego em um grupo inglês, representado no Brasil pela Agropecuária CFM, onde trabalhou por 15 anos, de 1977 a 1992. Em 1993, a CFM fez uma grande liquidação, vendendo várias propriedades. Uma destas, localizada em Valparaíso (SP), foi adquirida pelo Grupo Grendene, e assim nasceu a Agropecuária Jacarezinho, onde Ian Hill foi contratado como gerente geral. A Jacarezinho é uma das empresas mais avançadas do país em relação à pecuária de corte. Possui um forte trabalho de avaliação genética animal. A propriedade é uma das pioneiras na utilização de CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção).
Confira abaixo a entrevista com o mais novo presidente da DeltaGen, falando sobre as responsabilidades do cargo e os objetivos de sua nova gestão:
Como o senhor define a responsabilidade de assumir a presidência da DeltaGen?
Desafiadora. Meu trabalho é ajudar a DeltaGen a manter os elevados padrões técnicos, viabilizar a entrada de novas tecnologias e práticas, sem esquecer das bases que norteiam nossa associação, tudo isso num ambiente otimista e amistoso entre os associados e stakeholders.
Na sua opinião, quais os principais diferenciais da associação?
Nosso principal diferencial é o produto que geramos, reprodutores e rebanho de altíssima qualidade, fruto de um trabalho feito com muita disciplina e confiabilidade desde a origem. Nesses mais de 30 anos de Conexão DeltaGen geramos um banco de dados que é um patrimônio para a pecuária brasileira, em especial aos criadores de Nelore, que podem usar essas informações a seu favor para produzir animais mais precoces e carne de melhor qualidade.
Qual será a marca da sua gestão?
As minhas prioridades serão alinhar o Programa de Melhoramento Genético às atuais exigências do mercado de carne bovina e às questões ambientais, como por exemplo melhorar os índices de conversão a pasto com menos emissão de gás metano.
Como enxerga o setor agro no Brasil atualmente?
O agronegócio brasileiro sempre foi muito dinâmico. Atualmente se encontra nesse cenário mundial de grande demanda por produtos agrícolas. Por outro lado, sofre pressão externa e restrições que limitam seu crescimento horizontal. Para resolver essa equação é necessário a verticalização da produção através do uso de técnicas que aumentem a eficiência e a chave para isso é a genética. Um dos pilares do Programa de Melhoramento Genético DeltaGen é a criação e seleção de animais a pasto. Isso é uma grande vantagem, já que as forrageiras permitem a integração com agricultura, pode ser cultivada em áreas marginais com valores inferiores de terra e há redução no consumo de grãos, que são suscetíveis a alteração de preço por competir com a geração de energia e consumo humano.
Quais potencialidades a DeltaGen pode ajudar os pecuaristas a desenvolver?
Fornecer ao associado tecnologia de ponta que irá ajudá-lo a melhorar a qualidade genética dos bovinos e aumentar a eficiência produtiva dos seus rebanhos. Através dos treinamentos e visitas técnicas, melhorar a capacitação dos colaboradores. Valiosa troca de experiência entre os associados. Acesso à informação e novas tecnologias. Consultores experientes e uso de dados confiáveis para apoiar o associado na tomada de decisão.
E qual o papel dos associados nessa trajetória?
A melhor resposta para essa pergunta foi dada pelo Dr Luiz Fries, fundador da Gensys e parceiro na constituição da DeltaGen: ?Um Arquipélago de Ilhas (associados) conectado por pontes (a associação compartilhando e transitando dados e informação) se tornam um Continente.