Procedência, produtividade e potencial genético são características valiosas no mercado da pecuária, quando o assunto é superioridade animal. O que vem elevando a importância do CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), criado há 25 anos.
Reflexo disso é o crescimento de 23,5% da certificação nos últimos dois anos, segundo o ConCEIP (Associação Nacional Dos Programas de Ceip), entidade que representa os programas de melhoramento genético bovino que emitem o CEIP.
A DeltGen, associação com sede em Araçatuba e que atua há mais de 20 anos no melhoramento genético de gado de corte, emite CEIP sob a chancela do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aos animais superiores na avaliação genética. Nos últimos 5 anos, a associação ultrapassou a marca de 35 mil certificados emitidos. Durante os 20 anos de atuação, foram mais de 100 mil CEIPs emitidos.
Rodrigo Dias, gerente técnico da DeltaGen, destaca que o CEIP certifica as qualidades produtivas do animal, estando, dentre a sua safra de produção, entre os melhores animais e por isso ele pode produzir filhos com características produtivas acima da média. “São animais que ganham peso mais rapidamente, que estão prontos para o abate mais cedo, fêmeas que tem a possibilidade de se reproduzir precocemente, etc. Além disso, os animais CEIP passam por um rigoroso controle de informações, o que garante a base de comparação com os demais de forma justa e clara”, ressalta.
Feitas as avaliações de todos os animais de todas as fazendas, dentro do prazo estabelecido, é feita uma análise estatística, com o suporte do GenSys, responsável pelo desenvolvimento e aplicação de métodos adequados para avaliação dos animais sob seleção. “Isso permite comparar os animais e ranqueá-los, de maneira que os 28,4% melhores da safra do programa podem receber o CEIP. Com esta lista, o produtor faz uma revisão fenotípica dos animais, garantindo que animais com defeitos funcionais não recebam o certificado”.
O gerente afirma que o crescimento do CEIP está baseado na entrega de resultados, animais mais produtivos e funcionais. Segundo ele, a tendência é que esse mercado se expanda ainda mais.
“Com certeza a expectativa é que o mercado, tanto para os animais que participam dos programas cresçam, quanto o uso de animais melhoradores com CEIP também cresça. O potencial é enorme e se comparado com os animais registrados, o CEIP ainda é algo bastante novo, tem apenas 25 anos, enquanto desde a década de 60 já se falava em animais registrados”, finaliza.